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PEQUENA HISTÓRIA DA ASTROLOGIA - 1
A partir desta semana começaremos a contar um pouco da história da astrologia. Nossa
intenção não é escrever um livro mas simplesmente esclarecer para o público leigo as
noções sobre as quais se apoia o pensamento do astrólogo.
Desde as épocas mais remotas, o homem sempre perscrutou os céus em busca dos
mistérios da existência humana, pois a sentia estreitamente ligada ao cosmo. Os
babiloneses já tinham cartas do Céu com as orbitas dos dois luminares, o Sol e a Lua.
Já os sacerdotes Caldeus, tinham um método astrológico rudimental, e faziam
adivinhações estudando as doze constelações, apesar de não utilizarem o horóscopo
individual, o condenando abertamente, especialmente se feito com fins lucrativos. As
estrelas indicavam os acontecimentos da coletividade.
No entanto, o seu legado chegou até os Egípcios, Gregos, Persas e até a Índia. E todos
estes povos estudaram a seu modo o céu, dando-lhes as características de suas próprias
civilizações. Foram necessários quase três mil anos para que a astrologia passasse do
plano impessoal àquele individual, e é neste momento que a astronomia e a astrologia,
embora irmã, se separaram. No entanto, a astrologia se baseia na astronomia para fazer as
suas deduções e a astronomia continua a utilizar conceitos e símbolos herdados da
astrologia.
A tradição egípcia nos ensina que "o que está em cima é como o que está embaixo
e o que está embaixo é como o que está em cima" (O Caibalion). Na Grécia,
Pitagoras afirmava uma reciprocidade entre o Todo e o cosmo, e de conseqüência entre o
Todo e o Homem. Os pitagóricos desenvolveram um pensamento que afirmava a existência de
uma relação íntima entre a matemática e a música (a música das esferas). Este
pensamento, se adaptado à astrologia, serviria para conciliar o princípio dos opostos de
Eráclitus, com uma lei de movimento cíclico e com uma relação entre macrocosmo e
microcosmo.
É sobre esta base que se formou a idéia da afinidade absoluta entre a vida no cosmo e o
homem, (expressão da verdadeira harmonia universal), que é em si uma expressão da
idéia do ritmo universal, esta música das esferas que de alguma forma ecoa no espaço
ilimitado da vida individual.
Durante alguns séculos a astrologia foi se enriquecendo do pensamento de vários
filósofos, como Pitágoras e Eraclitus, e também com aquelas de Platão e Aristótele.
No século II a.. C. Iparco contribuiu para a astrologia, constatando a precessão dos
equinócios, a obliquidade da elíptica, a excentricidade da órbita solar, o para-eixo
horizontal da lua, etc. Foi ele que, com as suas descobertas astronômicas e segundo o
pensamento de Platão, segundo o qual cada fenômeno na terra estava em relação aos
acontecimentos celestes e o físico do homem constituía uma reprodução dos modelos
celestes, elaborou uma tabela com a ordem de correspondência entre os setores zodiacais e
as partes do corpo humano. Podemos dizer que aqui se encontram as idéias básicas da
antroposofia e da cosmopatologia.
Os seus contemporâneos aprofundaram estas considerações, elaborando assim pela primeira
vez as análises individuais de temas astrais para os indivíduos. Aqueles primeiros
conceitos dos Caldeus se encontravam então enriquecidos e ampliados: os Judeus os
aproveitaram na Kabalah e cada vez mais os Árabes os aprofundaram, dando origem a uma
grande escola de astrologia.
Não poucos perigos se escondiam nas leis astrológicas que pareciam ir ao encontro de um
total determinismo dos fenômenos, fazendo da astrologia uma 'lei matemática', com pouco
espaço para o livre arbítrio individual. Além disso, já naquele tempo a astrologia
começou a atrair pessoas pouco escrupulosas, e seja no mundo árabe que na Roma cristã,
apareceram muitos aproveitadores que enganavam os ingênuos sem nenhum pudor.
Mas é também naquele tempo que surgiram estudiosos sérios, desejosos de ampliar o
conhecimento astrológico para deixar um legado para a posteridade. Entre eles devemos
destacar Claudius Ptolomeu. O Tetrabiblos por ele escrito, pode ser de fato considerado
como o primeiro tratado científico de astrologia publicado no Ocidente. Ptolomeu reuniu
nele de forma ordenada e sistemática todas as teorias e conceitos e também as
experiências astrológicas da Babilônia, Egito e Grécia. Foi ele que elaborou pela
primeira vez a noção dos 'Regentes' dos signos astrológicos. Ele também reconheceu a
importância do horóscopo individual, dando o pontapé inicial à astrologia da forma
como nós a conhecemos.
A obra de Ptolomeu traz consigo as características daquela unidade entre o espírito e a
natureza que foi o fundamento da filosofia grega e que somente após a morte de Alexandre
Magno (323 a C.) começou a se desintegrar. O sincretismo filosófico e religioso,
especialmente aquele da escola alexandrina, preparou o terreno para uma antiga filosofia
que teve uma grande importância para o espírito humano: o neo-platonismo.
Entre os expoentes desta filosofia, destacaremos Plotino (205-270 d.C) e Porfírio
(233-304 d.C.), seu discípulo. Plotino ao se aprofundar no sincretismo
filosófico-religioso, sentiu a harmonia do universo e reconheceu a correspondência entre
"o que está em cima e o que está embaixo", uma lei universal entre o céu e a
terra, indispensável para toda a compreensão da existência humana. Ao resgatar a
astrologia, estes filósofos simplesmente mantiveram a hereditariedade do pensamento
grego, impedindo a decadência da astrologia e integrando-a com o pensamento cristão
reinante no mundo naquela época.
No entanto a astrologia sofreu varias ameaças ao longo dos séculos, sempre ressurgindo
fortalecida, quando a humanidade passa por momentos de grande revoluções sociais.
Devemos reconhecer o valor desta grande ciência quando verificamos que ao longo dos
milênios, ela ressurge sempre evoluindo com o pensamento da humanidade, como que a
demostrar o valor indestrutível desta experiência milenar que faz parte da própria
consciência e da existência de um corpo espiritual atemportal.
Leia Mais em 'Pequena História da Astrologia - 2' .
Graziella Marraccini
© Maio de 2000
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